Thursday, October 18, 2007

O Peso Do mundo

Sempre me pergunto se um dia vou poder confiar em alguém sem temer algo, se posso confiar em alguém sem depois olhar pra trás e me arrepender de tudo. Sempre que confio, me machuco. Será que minha ingenuidade é tanta assim que não percebo algo tão perceptível embaixo do meu nariz? Acho que a vontade de estar num mundo perfeito me cega a cada dia mais.

Sei que esse mundo em que vivemos está longe de ser perfeito. Cheio de pessoas falsas e superficiais que só pensam em si. Acham que o que fazem é o certo, é normal. Desmatam, matam, "humilham, mentem, mudam o rumo da minha vida". E não percebem, e muito menos se importam, se outras pessoas estão sendo magoadas com as mentiras inventadas, pelos boatos espalhados, ou seja pelo que for. Elas só querem rir daquelas pessoas "anormais".

E o que é normal hoje em dia? Seguir a modinha de Malhação, ser popular e falar com todos superficialmente, gostar de Hip-Hop e basquete, usar as marcas famosas e caras? Não é porque alguém não seja como a maioria que não seja normal. E ninguém pode julgar alguém sem antes conhecê-la. Isso é apenas preconceito. [Preconceito. Pré: antes; Conceito: idéia, pensamento, definição.]

Não há o certo e o errado, não há o normal e anormal. Diferentemente do bem e do mal. Já parou pra pensar no que causou um bullying causado por você algum tempo atrás? Traumas não vêm apenas de grandes acontecimentos ruins. Os pequenos também podem causar danos a alguém, mas você estava muito ocupado querendo chamar a atenção dos amigos para ser popular.

Mas retomo e me indagar se a confiança ainda é algo de valor, e se ainda existe algo como amizade. Amigos não são aquelas pessoas impostas a nós todos os dias na escola, no trabalho, na academia, no curso, no prédio, no transporte, etc., que cumprimentamos apenas por educação ou algo do tipo. São aquelas que escolhemos, aquela que você confia sempre. E o que fazer quando isso tudo desmorona? Confiança traída nunca volta a ser como antes. Tenho boas experiências disso.

Mas eu sempre perdôo. E perdôo fácil. Mesmo sangrado, eu perdôo quem me machucou, quem me fez chorar, de coração. Paro e fico pensando de onde vem tanta ingenuidade. Será que sou burro ou será que sou muito bondoso? Bondoso não sou, pois já fiz muitas besteiras na vida, só posso ser muito burro. Não que eu não tenha nunca machucado alguém, porque já feri muitas pessoas também, mesmo sem querer, porque ninguém é perfeito. E sempre penso no dano que causei àquelas pessoas, penso que podia ter feito diferente.

Arrependimento vem para qualquer um, quando pensam em si. Não pensam nas outras pessoas como seres, com sentimentos e dificuldades. Muitas pessoas são felizes, engraçadas e divertidas, mas no fundo elas estão atoladas em preocupações e problemas, por dentro é só choro. E quando alguém faz algo que a magoa, o dano é maior.

Já pensou se para cada mentira contada um corte fosse feito em alguém? E na real, é assim. Um corte profundo dentro de alguém é feito, e a pessoa tem uma hemorragia interna psicológica. Às vezes, a única chance de algumas pessoas desabafarem é o desespero, porque nem sempre tem pra quem contar seus problemas, confiança, como já disse, não é mais algo fácil de achar. E do desespero, vem a depressão, uma depressão corrosiva que, para muitos, acham a idéia de suicídio uma besteira, uma espécie de "cu doce", porque para eles, o mundinho perfeito é fácil de se ter com o dinheiro dado todo mês pelos pais. E quão superficiais são por serem felizes em torno do dinheiro. Não que eu seja contra o capitalismo, pois sou muito consumista, mas isso não me trás felicidade, nunca trouxe. São as pequenas coisas que me alegram: um sorriso, um beijo, um abraço, um dia comum na casa de alguém, uma volta pelo quarteirão, um "eu te amo", uma confiança verdadeira.

Isso não é algum tipo de revolta por ter me acontecido algo ruim ou coisa assim. Mas é que "como é que eu consigo me acalmar, sem nunca explodir, chorar gritar?".

By _lord linard_

Monday, October 8, 2007

Sempre me pergunto se um dia vou poder confiar em alguém sem temer algo, se posso confiar em alguém sem depois olhar pra trás e me arrepender de tudo. Sempre que confio, me machuco. Será que minha ingenuidade é tanta assim que não percebo algo tão perceptível embaixo do meu nariz? Acho que a vontade de estar num mundo perfeito me cega a cada dia mais.
Sei que esse mundo em que vivemos está longe de ser perfeito. Cheio de pessoas falsas e superficiais que só pensam em si. Acham que o que fazem é o certo, é normal. Desmatam, matam, "humilham, mentem, mudam o rumo da minha vida". E não percebem, e muito menos se importam, se outras pessoas estão sendo magoadas com as mentiras inventadas, pelos boatos espalhados, ou seja pelo que for. Elas só querem rir daquelas pessoas "anormais".
E o que é normal hoje em dia? Seguir a modinha de Malhação, ser popular e falar com todos superficialmente, gostar de Hip-Hop e basquete, usar as marcas famosas e caras? Não é porque alguém não seja como a maioria que não seja normal. E ninguém pode julgar alguém sem antes conhecê-la. Isso é apenas preconceito. [Preconceito. Pré: antes; Conceito: idéia, pensamento, definição.]
Não há o certo e o errado, não há o normal e anormal. Diferentemente do bem e do mal. Já parou pra pensar no que causou um bullying causado por você algum tempo atrás? Traumas não vêm apenas de grandes acontecimentos ruins. Os pequenos também podem causar danos a alguém, mas você estava muito ocupado querendo chamar a atenção dos amigos para ser popular.
Mas retomo e me indagar se a confiança ainda é algo de valor, e se ainda existe algo como amizade. Amigos não são aquelas pessoas impostas a nós todos os dias na escola, no trabalho, na academia, no curso, no prédio, no transporte, etc., que cumprimentamos apenas por educação ou algo do tipo. É aquela que escolhemos, aquela que você confia sempre. E o que fazer quando isso tudo desmorona? Confiança traída nunca volta a ser como antes. Tenho boas experiências disso.
Mas eu sempre perdôo. E perdôo fácil. Mesmo sangrado, eu perdôo quem me machucou, quem me fez chorar, de coração. Paro e fico pensando de onde vem tanta ingenuidade. Será que sou burro ou será que sou muito bondoso? Bondoso não sou, pois já fiz muitas besteiras na vida, só posso ser muito burro. Não que eu não tenha nunca machucado alguém, porque já feri muitas pessoas também, mesmo sem querer, porque ninguém é perfeito. E sempre penso no dano que causei àquelas pessoas, penso que podia ter feito diferente.
Arrependimento vem para qualquer um, quando pensam em si. Não pensam nas outras pessoas como seres, com sentimentos e dificuldades. Muitas pessoas são felizes, engraçadas e divertidas, mas no fundo elas estão atoladas em preocupações e problemas, por dentro é só choro. E quando alguém faz algo que a magoa, o dano é maior.
Já pensou se para cada mentira contada um corte seria feito em alguém. E na real, é assim. Um corte profundo dentro de alguém é feito, e a pessoa tem uma hemorragia interna psicológica. Às vezes, a única chance de algumas pessoas desabafarem é o desespero, porque nem sempre tem pra quem contar seus problemas, confiança, como já disse, não é mais algo fácil de achar. E do desespero, vem a depressão, uma depressão corrosiva que, para muitos, acham a idéia de suicídio uma besteira, uma espécie de "cu doce", porque para eles, o mundinho perfeito é fácil de se ter com o dinheiro dado todo mês pelos pais. E quão superficiais são por serem felizes em torno do dinheiro. Não que eu seja contra o capitalismo, pois sou muito consumista, mas isso não me trás felicidade, nunca trouxe. São as pequenas coisas que me alegram: um sorriso, um beijo, um abraço, um dia comum na casa de alguém, uma volta pelo quarteirão, um "eu te amo", uma confiança verdadeira.
Isso não é algum tipo de revolta por ter me acontecido algo ruim ou coisa assim. Mas é que "como é que eu consigo me acalmar, sem nunca explodir, chorar gritar?".