Thursday, October 30, 2008

Fim de 2008, o adeus. [Que título tosco, eu admito.]

O fim do ano chegou e milhões de coisas me passam à cabeça. Vejo fotos do ano, relembro dos bons momentos, leio mensagens escritas pelas pessoas do colégio e não necessariamente da minha, mas leio. E uma me marcou profundamente. Fez-me refletir, pois concordei com cada palavra.

Estamos vivendo e curtindo nossas vidas. Estamos aproveitando as coisas boas com os amigos e os temos também quando precisamos nos momentos difíceis. E como diz na tal mensagem: “Por fim, cada uma vai para o seu lado para continuar a viver sua vidinha isolada do passado.”

A morte é certa para todas e comecei a pensar que não agüentaria ver todos partindo. Não mesmo! Eu não suportaria dar um último “adeus” às pessoas que foram importantes para mim. E o tempo vai fazer com que isso aconteça sem que eu possa evitar algo. E isso me faz pensar que eu não deveria mais conviver com tais pessoas que, se eu não fizesse parte de sua vida, eu não teria que sofrer quando tal coisa acontecesse.

Se eu fosse o primeiro, agradeceria por não ter passado por tudo isso. E o presente não é o suficiente para mim nesse momento. Não consigo deixar de pensar na certeza do fim. O que farei, o que farei?

Todos os momentos. Todos os amores. Todas as paixonites. Todas as raivas. Todos os momentos.

Enfim, para parar de rodeios e focar no verdadeiro assunto do texto: isso é um texto de saudades pelo meu novo antigo colégio. Sim! Eu já estou saudoso. Foi um dos melhores lugares que já pude estudar. E como suportarei quando o verdadeiro adeus for dado? Agora, não falo de morte e sim da despedida. Não, eu não quero.

Estou muito feliz por já ter que ir para a universidade e me livrar do colégio, mas quem disse que isso é 100% satisfatório? Quem garante que vai ser melhor assim?

Sentirei falta de tudo, sim. Até das coisas chatas, até dos momentos de fúria, de querer matar um ou dois, de querer falar com aquela pessoa que passei o ano tentando e não consegui, de evitar olhares, de olhar propositalmente, de ficar angustiado nas provas de específica por deixá-las em branco, de dormir na aula, de gazear aula, dos rolês pelos arredores do colégio, dos professores chatos, da aula que eu queria prestar atenção, mas comecei a pensar em outra coisa, das frustrações que senti, de ir ao colégio por causa de alguém, das partidas de UNO, do intervalo tedioso, da risada da Manu, do senso de humor da Marina, das "matutagens interioranas" da Raiane, das cócegas da Morganna, do erotismo da Jéssica, do sarcasmo do Renato, das piadas do Raphael, do olhar estranho do Mário... Simplesmente, de tudo.

Como posso eu não sentir a dor do fim, do adeus? Como posso eu não me abalar e não me emocionar com tudo isso? Em muito pouco tempo, tudo foi importante, inesquecível, especial para mim. Em pouco tempo! E isso me impressiona.

E não consigo parar de pensar do que vai ser daqui pra frente. Nem consigo parar de escrever meus pensamentos nesse texto. Só sei que se não parar de surtar com todos esses pensamentos, irei enlouquecer.

Amanhã vai ser um novo dia. E vou fazer desses últimos dias de aula os melhores. Talvez eu fale com as outras pessoas da sala que nunca quiseram papo comigo, talvez eu aproveite mais ainda com todas as minhas zoeiras. Mas uma coisa eu tenho certeza: vou fazer todos perceberem que são, foram e sempre serão especiais para mim.

E quanto mais escrevo, mais momentos vêm a minha cabeça. Então, fico eu por aqui senão eu não paro. Obrigado a todos por esse ano maravilhoso. LINARD, PARA DE ESCREVER, CARALEO!

Nota: Talvez, esse seja o meu recado atrasado para a turma.

Texto que me fez refletir: 3º M3 – 2008 – FB Central [Original, sem autor.]

“Um dia, a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e de momentos que compartilhamos. Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre. Hoje, não tenho mais tanta certeza disso. Em breve, cada um vai para seu lado. Seja pelo destino ou por algum desentendimento, cada um segue a sua vida. Talvez continuemos a nos encontrar... Quem sabe nos e-mails trocados.
Podemos nos telefonar, conversar algumas bobagens... Os dias vão passar: meses... anos... Até este contato tornar-se cada vez mais raro.
Vamos “nos perder no tempo... Um dia, nossos filhos verão aquelas fotografias e nos perguntarão”: Quem são aquelas pessoas? diremos... que eram nossos amigos. E... Isso vai doer tanto! Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos da minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto, nos reuniremos para um último adeus a um amigo. E entre lágrimas nos abraçaremos. Faremos promessas de nos encontrarmos mais vezes daquele dia em diante.
Por fim, cada uma vai para o seu lado para continuar a viver sua vidinha isolada do passado. E nos perderemos no tempo... Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixe que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!”